quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Walking

Vagueia pelas ruas em busca de um caminho. Não sabe para onde vai mas isso não a preocupa, caminho por uma razão, sonha encontrar um destino que lhe encha o coração!
Durante os últimos anos tem sido assim, caminha ao sabor do vento, sem rumo. Nem sempre é em linha recta, vai encontrando algumas curvas, montes e rochedos difíceis de subir, chega ao topo com algumas feridas mas o que importa é que chegou lá. Não sabe o que está do outro lado mas ainda assim continua, não pensem que é por ser corajosa (nada disso), é mesmo porque não consegue ficar á espera que o destino a encontre, simplesmente ela não acredita nisso!
Não foi uma viagem de um único sentido, teve que fazer algumas escolhas, simples escolhas como se ia pela direita ou optava pela esquerda. Depois de muitos quilometros percorridos não quer mais andar sem um fim, está farta de caminhar para alcançar um destino desconhecido, quer encontrá-lo para traçar metas e alcança-las. Quer ser ela a tomar as rédeas do seu caminho e não deixar isso somente nas mãos do vento. É agora, tem que agir! Chegou ao ponto em que parou e poe em causa todas aquelas simples escolhas que havia tomado. Agora que conseguiu o controlo do caminho sente-se perdida, mais perdida do que quando se deixava levar, tem o controlo mas não sabe o que fazer com ele...
Retomou o caminho, descalça, vagueia novamente e está de novo nas mãos do vento mas conseguiu algum controlo pois agora consegue sentir. De acordo com aquilo que sente (texturas, temperaturas...) percebe onde se sente bem ou mal. As emoções também são o seu guia. Agora, vai tentar encontrar o seu caminho, de novo. 
Mas há uma coisa que a assombra, tem medo de quando o encontrar, aquilo que fez não tenha sido suficiente para o realizar! Será por isso que não o consegue alcançar?

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