terça-feira, abril 01, 2014

No silêncio da noite há palavras...

Há palavras que ficam, há outras que vão
Há palavras que precisam ganhar vida através do carvão
Há palavras que ocupam o mais leve dos pensamentos
Há palavras que entram sem permissão
Há palavras que brincam com sentimentos
Há palavras ambíguas, sem explicação
Há palavras com significado, palavras de momentos
Há palavras que agora, soltas, são em vão
Há palavras que já não merecem lugar no coração.


Há palavras... Há palavras que ficam e há outras que vão.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Como começam as histórias de amor? sinceramente nao tenho a mais pálida ideia.
No meio da multidão, duas pessoas cruzam se e trocam olhares, sorriem, os seus olhos brilham. Á sua volta tudo continua, as pessoas continuam no seu quotidiano, mas para eles o mundo pára. São dois estranhos parados entre o meio da multidão, eram capazes de ficar eternos momentos apenas a olhar um para o outro. Mas será que são dois estranhos? Os minutos que pararam pareciam longos minutos mas foram apenas alguns segundos. Não disseram nada um ao outro. Simplesmente não conseguiram. Uma sensação de felicidade com surpresa e um trago amargo de ansiedade apoderou-se dos dois.

sexta-feira, julho 20, 2012

Quando o coração bate a mil e não sei porquê, quando sinto um nó na garganta e não sei porquê, quando num minuto estou bem e no outro os meus olhos carregam-se de água, quando a falsa alegria dá lugar a um desespero e angustia, quando a serenidade e aceitação se transformam num trago de inveja, quando a vontade de me divertir é substituída por uma súbita melanconia sem razão, quando a vontade de fugir continua a ser vontade de fugir!  

sábado, junho 16, 2012


" Pinceladas de barro cor da pele cobrem minhas cicatrizes como um carinho
Todas as manhãs antes de me iludir com a vida,
Lavo no escuro adocicado minhas pequenas pupilas
e escorrego o sabão nos cílios da pequena boneca
Cubro a alma com uma pitada de lápis nas sobrancelhas finas,
faço as ficarem bem grossas com o perfil de misteriosa...
Minhas mãos já sabem de cor a forma de cada olheira...
Profundas de tanta chuva que tomou
É como se cobrisse minha alma todas as manhãs,
É como se a mim /só eu conhecesse...
Quando estou definitivamente uma pintura de Basquiat
Olho-me no espelho e o que vejo?
Um touro, uma donzela, um inseto, uma traça, um sonho!
Não sei bem se vejo ou deliro, mas crio coragem e abro a porta.
Quase sempre venta e lacrimeja
Coloco a bagagem nas costas
E de costas me olho mais uma vez no espelho
Sim, agora estou pronta!
Mensageiros do destino me perdoem,
tenho pressa, saiam da frente!
Que meu cansaço derrete meu barro e a escultura cai
Tenho pressa...
minha vida é passageira e meu escudo de pele ???, Moldado por cicatrizes
Quando chego em casa,
sento, tiro os sapatos, calço minha essência e choro.
Quando a obra facial se desfaz,
Coloco as mãos sobre o rosto e sorrio,
Acendo uma vela, abro a torneira
E lavo minha alma,
Agora nua. "
                                                                    Barbara Paz

quinta-feira, junho 07, 2012


O tempo não para e estou cada vez mais perto daquilo que sempre quis, agora que tudo se aproxima a largos passos todas as minhas certezas simplesmente desvaneceram!

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Estou perdida sem saber para onde ir, de tantos caminhos só vejo um, aproximo-me e não consigo perceber se é o certo. Penso, repenso, ponho hipóteses e mais hipóteses e parece que nada faz o sentido que deveria fazer, no fundo tento encontrar alguma coisa que me diga: "Inês é isso mesmo, arrisca e vai correr tudo bem", era  tão mais fácil se pelo menos tivesse essa certeza!